30 de ago. de 2012

Burlemarx: suas ideias e seus jardins de sonho...

Roberto Burle Marx foi um dos maiores paisagistas do nosso século, distinguido e premiado internacionalmente. Artista de múltiplas artes, foi também, desenhista, pintor, tapeceiro, ceramista, escultor, pesquisador, cantor e criador de joias, sensibilidades que conferiram características específicas a toda a sua obra.
Nasceu em São Paulo, a 4 de agosto de 1909, passando a residir no Rio de Janeiro a partir de 1913. De 1928 a 1929 estudou pintura na Alemanha, tendo sido frequentador assíduo do Jardim Botânico de Berlim, onde descobriu, em suas estufas, a flora brasileira.Seu primeiro projeto paisagístico foi para a arquitetura de Lúcio Costa e Gregori Warchavchik, em 1932, passando a dedicar-se ao paisagismo, paralelamente à pintura e ao desenho.
Em 1949, com a compra de um sítio de 365.000 m2, em Barra de Guaratiba, no Rio de Janeiro, organizou uma grande coleção de plantas. Em 1985 doou esse Sítio, com todo o seu acervo, à extinta Fundação Nacional Pró Memória, atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN.
Em 1955 fundou a empresa BURLE MARX & CIA LTDA., pela qual passou a elaborar projetos de  paisagismo, fazer a execução e manutenção de jardins residenciais e públicos. Desde 1965, até seu falecimento, contou com a colaboração do arquiteto Haruyoshi Ono.
Roberto Burle Marx faleceu no dia 4 de junho de 1994, no Rio de Janeiro, aos 84 anos.
 

O PENSAMENTO DO MESTRE BURLE MARX:

“Aprendi a viver através das plantas. Vendo-as nascer, crescer, morrer. Amo as plantas como se fossem seres humanos”.
“Um jardim é criado com meditação, com sensibilidade, com inteligência e compreensão da natureza. Num jardim inglês é possível ver grandes espaços com apenas oito árvores, por exemplo. Num jardim japonês, um pedaço mínimo torna-se um universo fascinante. É importante que um jardim também tenha algo a dizer”.
“Não existem plantas feias. Existem plantas bem ou mal agrupadas. É necessária uma capacidade analítica que permite escolher as plantas segundo as qualidades que melhor se adaptem aos nossos propósitos”.
“Com o tempo eu passei a imaginar a beleza natural organizada. Queria uma coisa que tivesse ritmo, cor, surpresas e emoção estética. Um jardim é isso”.
“O convencionalismo na resolução dos espaços urbanos a serem utilizado como praças em nosso país, levou a uma alarmante uniformização de soluções. O que se observa é uma monótona repetição de erros que acontece, talvez, pela facilidade de imitação”.
“A arte é importante pela curiosidade nela contida. Aquilo que o homem deve sempre buscar. Viver sem buscas, mecanicamente, deve ser uma espécie de morte, muito pior que a natural. Aceitar tudo como se fosse fato consumado é uma forma ‘burra’ de viver”.

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